DESISTO DE DESISTIR... (e outras desistências)
Estou cansado desse amor barato!
Com sabor de guarda-chuva molhado,
Com efeito de paralisia infantil,
Com gosto amargo, de chimarrão lavado em boca senil...
Saco-cheio é pouco, estou é saturado!
Dessa falta de clareza, da carência de sentido.
Essa história, de não saber ao longe,
Se o coração partido vai um dia ser amado?
E tem mais um detalhe, dessa vez, é paradigma rompido.
Não importa o que se fale, é crise instituída.
É hora da ferida, que dói, e que se sente...
Consciência do presente é o absurdo que corrói!
O amanhã, não quero ter controle, não quero nem saber...
Não quero criança com fome, não quero mais sofrer!
Por isso, desisto do amor, desisto, de desistir...
do amor, pois ele é tudo que sinto, que enclausura minha dor...
Jayme Camargo (2003)
segunda-feira, 7 de julho de 2008
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