DESISTO DE DESISTIR... (e outras desistências)
Estou cansado desse amor barato!
Com sabor de guarda-chuva molhado,
Com efeito de paralisia infantil,
Com gosto amargo, de chimarrão lavado em boca senil...
Saco-cheio é pouco, estou é saturado!
Dessa falta de clareza, da carência de sentido.
Essa história, de não saber ao longe,
Se o coração partido vai um dia ser amado?
E tem mais um detalhe, dessa vez, é paradigma rompido.
Não importa o que se fale, é crise instituída.
É hora da ferida, que dói, e que se sente...
Consciência do presente é o absurdo que corrói!
O amanhã, não quero ter controle, não quero nem saber...
Não quero criança com fome, não quero mais sofrer!
Por isso, desisto do amor, desisto, de desistir...
do amor, pois ele é tudo que sinto, que enclausura minha dor...
Jayme Camargo (2003)
segunda-feira, 7 de julho de 2008
sábado, 28 de junho de 2008
Meu coração quase me sufoca
Meu coração quase me sufoca
Sinto falta de ar
Quando sentindo, imagino
O amar.
há mar?
Tornamos
(à)
amar.
Se de um “amar”
Re – tornamos
Ou seja,
Voltamos a passar
Pelos mesmos (a)mares
Amar a quem?
A este “amares”?!
Quais mares,
nos conduzem pelos ares?
Ou diria marés...
Onde
Amar és... poesia.
É maresia...
É “res” imaginária
Imaginar é
(poder) conceber
o Ser (-aí)
ao contrário
imaginar é, assim,
ser ao contrário
é Ser marginal.
o poeta está sempre
à margem...
a margem do Real.
(JAYME CAMARGO DA SILVA - junho 2008)
Sinto falta de ar
Quando sentindo, imagino
O amar.
há mar?
Tornamos
(à)
amar.
Se de um “amar”
Re – tornamos
Ou seja,
Voltamos a passar
Pelos mesmos (a)mares
Amar a quem?
A este “amares”?!
Quais mares,
nos conduzem pelos ares?
Ou diria marés...
Onde
Amar és... poesia.
É maresia...
É “res” imaginária
Imaginar é
(poder) conceber
o Ser (-aí)
ao contrário
imaginar é, assim,
ser ao contrário
é Ser marginal.
o poeta está sempre
à margem...
a margem do Real.
(JAYME CAMARGO DA SILVA - junho 2008)
sábado, 14 de junho de 2008
nunca tive lugar...
Nunca tive lugar.
Sempre me senti um fora-de-lugar.
Talvez por trazer na essência a história de minha existência.
Todos temos marcas.
Nossas tatuagens são nossa primeira pele embora não a enxergamos.
Cada vez enxergamos menos uns aos outros.
A janela da alma está cega.
Cegonha que não chega – ninguém nasce mais.
Somos consumidores da vida.
Consumo e dores.
De consumidores da vida a vida de consumidores.
Dores.
Não há cura em lojas de conveniência.
O racionalismo sacrifica em massa.
Pessoas que não comem nada.
Massa que sobra e vai pro lixo em guetos e restaurantes.
Luxo que sobra e vai todo à mesa de madames.
Damas da ilusão.
Lixo e luxo se confundem para sua desilusão.
É o preço da vida de plástico – de toda lógica-da- dominação.
Jayme Camargo/2007
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