sábado, 14 de junho de 2008

nunca tive lugar...


Nunca tive lugar.

Sempre me senti um fora-de-lugar.

Talvez por trazer na essência a história de minha existência.

Todos temos marcas.

Nossas tatuagens são nossa primeira pele embora não a enxergamos.

Cada vez enxergamos menos uns aos outros.

A janela da alma está cega.

Cegonha que não chega – ninguém nasce mais.

Somos consumidores da vida.

Consumo e dores.

De consumidores da vida a vida de consumidores.

Dores.

Não há cura em lojas de conveniência.

O racionalismo sacrifica em massa.

Pessoas que não comem nada.

Massa que sobra e vai pro lixo em guetos e restaurantes.

Luxo que sobra e vai todo à mesa de madames.

Damas da ilusão.

Lixo e luxo se confundem para sua desilusão.

É o preço da vida de plástico – de toda lógica-da- dominação.

Jayme Camargo/2007

2 comentários:

Pedro Henrique Reis disse...

Ah, mas essa é véia...

Quero esse livro, hein?
Te linkei lá no meu, dá uma olhada

http://ubermenschbydebord.wordpress.com/

Abrass,
Pedro.

Sergio Kroeff Canarim disse...

fala jaime, aberto a comunicão.
http://existenznoexistenz.blogspot.com
esse meu blog.
abraço